Sou o que sou...
Sou um sopro na orelha do ser cosmopolita...
Ou a brisa de vida
Cintilante com cobre.
Nobre é a serpente
Na coroa da mente que cura...
E curva o mal em resignação.
Sou a manhã triste...
Depois de baladas ultratecnoformes,
Mas que faz pensar
Nos belos sorrisos
Não falaciosos
Do ser amado.
Sou mais um na estação...
Só não sou mais um olhar,
Pois todos os olhares de plataformas... trens... espaços... galáxias...
Exalam solidão triste.
Sou a imagem insistente...
Daquilo que nunca imaginou ver... ler... entender...
Das esfinges de nossos tempos...
Das corcovas cerebrais...
Dos submundos das periferias energéticas...
Dos perfumes abstratos...
Das carinhas de bebês...
Mãos, sapatos, blusas, cabelos, ideias, sentimentos... seres.
Estou em tudo isso,
Mas sou o que sou.