domingo, 19 de junho de 2011

SUSTENIDO João Paulo F. Magalhães


Sou o que sou...
Sou um sopro na orelha do ser cosmopolita...
Ou a brisa de vida
Cintilante com cobre.
Nobre é a serpente
Na coroa da mente que cura...
E curva o mal em resignação.

Sou a manhã triste...
Depois de baladas ultratecnoformes,
Mas que faz pensar
Nos belos sorrisos
Não falaciosos
Do ser amado.

Sou mais um na estação...
Só não sou mais um olhar,
Pois todos os olhares de plataformas... trens... espaços... galáxias...
Exalam solidão triste.

Sou a imagem insistente...
Daquilo que nunca imaginou ver... ler... entender...
Das esfinges de nossos tempos...
Das corcovas cerebrais...
Dos submundos das periferias energéticas...
Dos perfumes abstratos...
Das carinhas de bebês...
Mãos, sapatos, blusas, cabelos, ideias, sentimentos... seres.

Estou em tudo isso,
Mas sou o que sou.

3 comentários:

Modus Vivendis disse...

You are what you are!
The one we read without that kind of vanity of thinking of ourselves.
I'm sure all of us read you thinking of you!

joaorosac@uol.com.br disse...

Hey John. Sorry for my absence of some days... I was on off for some time.

But this poem of yours reveals the possibility our city has to generate writers of many kinds. Your poetry keeps a kind of uncommon innocence, not stupid as 90% of the urban soul's dissimulated innocence. It's not an innocence that makes us sympathetic; if you read O lamento dos gigantes in my Post Scriptum, you will understand what I mean. A seldom feeling of being inside, warm and protected ("cosy and warm" as in a verse from The Wall I recall). Something Noble!

Jennifer Reis disse...

Adorei... suas palavras são incríveis!