É alva, e acordamos para cada
segundo do resto de nossas vidas. Família, trabalhos, carros, amores, mercado,
paisagem, amores, anseios, angústias, amores, saudades, alegrias, futebol,
amores, sorrisos, sentimentos, amores... Cada detalhe é um vidro em nosso
mosaico grecocaótico. É uma pequenina cor, clara ou escura, híbrida e simples.
Cada detalhe desses é um verso.
Os versos são emanados, não só
dos lábios dos acadêmicos, mas das fitas róseas das crianças, das bocas dos amantes
safados, dos beiços dos pedreiros e operários que não sabem ler, dos aparelhos
fonadores de pessoas comuns. Comuns? O que é comum? Algo comum seria algo igual
a outras coisas? Mas, nesse mosaico, cada vidrinho é assimétrico. Cada pessoa é
diferente. Cada verso é singular.
E, nesse contexto, contestamos e
cotextuamos com o Espírito Pinot Noir, em que o belo não é apenas um conceito:
é a própria vida. Nesse espírito, palavras não entendidas são mais lindas que
as não ditas, os silêncios são vocábulos, os olhares são alexandrinos, os
sorrisos redondilhas maiores e menores. Somos comuns. Somos, pois, poetas.
Somos os versos dos lábios de Deus. Somos o que somos, quem somos, o poema que
somos. Isso, pois, através do caos, a poesia ainda existe.
Um comentário:
Hi there.
I think this beautiful poem is unfair whether in the beginning and the end or in the middle...
Let's translate it first into LIBRAS and finally at the language of the SEA?
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