segunda-feira, 9 de julho de 2012

MANIFESTO PINOT NOIR (Jopafema)




É alva, e acordamos para cada segundo do resto de nossas vidas. Família, trabalhos, carros, amores, mercado, paisagem, amores, anseios, angústias, amores, saudades, alegrias, futebol, amores, sorrisos, sentimentos, amores... Cada detalhe é um vidro em nosso mosaico grecocaótico. É uma pequenina cor, clara ou escura, híbrida e simples. Cada detalhe desses é um verso.
Os versos são emanados, não só dos lábios dos acadêmicos, mas das fitas róseas das crianças, das bocas dos amantes safados, dos beiços dos pedreiros e operários que não sabem ler, dos aparelhos fonadores de pessoas comuns. Comuns? O que é comum? Algo comum seria algo igual a outras coisas? Mas, nesse mosaico, cada vidrinho é assimétrico. Cada pessoa é diferente. Cada verso é singular.
E, nesse contexto, contestamos e cotextuamos com o Espírito Pinot Noir, em que o belo não é apenas um conceito: é a própria vida. Nesse espírito, palavras não entendidas são mais lindas que as não ditas, os silêncios são vocábulos, os olhares são alexandrinos, os sorrisos redondilhas maiores e menores. Somos comuns. Somos, pois, poetas. Somos os versos dos lábios de Deus. Somos o que somos, quem somos, o poema que somos. Isso, pois, através do caos, a poesia ainda existe.

Um comentário:

João Rosa de Castro disse...

Hi there.

I think this beautiful poem is unfair whether in the beginning and the end or in the middle...

Let's translate it first into LIBRAS and finally at the language of the SEA?