Noutro dia, uma certa pessoa, dessas que Cronos não permite que apareçam como os raios de Nilton, deu-me um cutucão com vara microscópica, dezendo que: “deixe a vida lhe levar!... deixe acontecer!... não planeje tanto as coisas!” Eu voltei para minha casa com a sensação de ter enxergado o que estava todo o tempo diante de meus escâneres biológicos: de que adiantam tantos planos se não lograrmos dos sabores ocasionais que a mãe-vida nos proporciona?
Os estadundenses, exemplificando, tanto planejaram ter vidas em plataformas mais levadas que a distância entre Terra e Lua que se esqueceram de conhecer até mesmo a si e seu mundinho sórdido e consumista (do qual, infortunadamente, nossa “Terra de Santa Cruz” comunga, engole e se engasga).
Quantos planos frustrados! Veja bem (nada a ver com o “veja bem” da marca de cimento), não quero fazer aqui, caro co-enunciador, uma campanha contra os planos; eles são necessários para que haja uma certa ordem nas coisas mundanas. Não obstante, a minha simples tese é a de que antes de planejarmos o que não temos, devemos nos perguntar se bebemos dos vinhos do acaso que o presente nos presenteia.
Anaforicamente pensemos no que representa o enunciado titaniano... (tempo... trimmmmmmmmmmm!) Se há perguntas, (risos) deveras não sou eu quem as respoderá... Sobre isso, o grande barato mesmo é ter as perguntas.