sábado, 11 de outubro de 2008

OLHO DE VIVO (João Paulo Feliciano Magalhães)



Olho direito:
-- Os seios ladeirantes da musa morta...
-- É tarde no beco frio da fina sombra...
-- Os lábios trevecentes da deusa fria...
-- E meus passos milimetrados pelo GPS da alma...
-- Os rastros ofuscados do riso triste...
-- E os olhos da grande pequena irmã me vigiam até as moléculas...
-- O verde indigente do nome fosco...
-- E os vapores vampirescos de sua boca carmim...
-- O azul brilhante do falso diamante...

-- Uuuuuuuuuuu!!! -- sopra meu ouvido megafônico!
Olho, de tão biônico,
Absorveu os drives e a saturação...
E o sabor do gênero menos de Aristóteles:
A infâmia cômica!

Carnavais de gatos dark...
Suítes pobres... de tão pobres... felizes...
O batom biônico: rosa ou vermelho???
Espinho ou sangue???
Mão entre o mecanismo ocular e o parabólico ouvido...
Caminho dominado há séculos pela Condessas Prima e Vera...
Verdade que finca seus instrumentos petrolíferos...
No mais profundo e rochoso
Mar da falácia!!!

E o olho esquerdo? Perdeu-se no mês luz do cachorro insano,
Que de tão insano,
Mia com os gatos góticos!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

O olho esquerdo é que foi esperto.
Ao invés de olhar o mundo.
Enxergou a si próprio e foi ser o que bem queria...